Entre otimismo sobre ETF e choque de regulação nos EUA, bitcoin engata terceiro mês seguido de alta

Principal criptomoeda em valor de mercado valorizou 9% em novembro, período em que marcou maior preço desde maio do ano passado Novembro foi um mês novamente marcado pelo otimismo dos investidores do mercado de criptoativos em torno da aprovação dos ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) com exposição direta a bitcoin nos Estados Unidos. O choque causado pelos eventos envolvendo o Departamento de Justiça americano e a Binance, a maior plataforma de negociação de criptos do mundo, provocou alguma volatilidade, mas insuficiente para tirar o bitcoin da linha ascendente. A principal cripto em valor de mercado registrou alta de 9% no mês, mantendo o ritmo de alta desde setembro, ainda que bem menor que a registrada em outubro, de 28%, marcando máxima de US$ 38 mil, maior valor desde o início de maio do ano passado. Por volta de 18h, era negociada a US$ 37.730. Para André Franco, analista-chefe do Mercado Bitcoin, o desempenho do bitcoin “mostra um pouco do apetite do mercado em consequência da expectativa de que o ETF seja aprovado já no começo do ano que vem ou no máximo no primeiro trimestre”. Nesse contexto, ele acredita que “é muito provável que dezembro seja outro mês positivo, podendo ultrapassar o patamar dos US$ 40 mil”. Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, cita que o indicador da Bloomberg aponta 95% de chances de o ETF de bitcoin ser aprovado até o dia 10 de janeiro, “podendo ser aprovado a qualquer momento”, o que deve favorecer novos ralis de preço. Na esteira desse cenário para o bitcoin, algumas altcoins (todas as criptos que não o bitcoin) também se favoreceram. “O que foi interessante nesse mês também é que o bitcoin começa a perder dominância frente ao ethereum e às outras criptos, que ganharam mais força”, observa Medeiros. João Marco Cunha, diretor de gestão da Hashdex, destaca entre essas altcoins Uniswap (UNI) e Chainlink (LINK), que subiram quase 50% e 30%, respectivamente. “Ativos menores, que ficaram para trás em relação ao bitcoin ao longo do ano, tiveram maior destaque neste mês”, destaca. O ethereum, segunda cripto mais negociada e em valor de mercado, subiu 13%, também em uma sequência de três altas mensais consecutivas, se mantendo acima dos US$ 2 mil. Já a Binance Coin (BNB) procurou ser resiliente com o revés de sua emissora, encerrando novembro praticamente no zero a zero, a pouco mais de US$ 220. Initial plugin text Mais Lidas Getty Images

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Principal criptomoeda em valor de mercado valorizou 9% em novembro, período em que marcou maior preço desde maio do ano passado Novembro foi um mês novamente marcado pelo otimismo dos investidores do mercado de criptoativos em torno da aprovação dos ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) com exposição direta a bitcoin nos Estados Unidos. O choque causado pelos eventos envolvendo o Departamento de Justiça americano e a Binance, a maior plataforma de negociação de criptos do mundo, provocou alguma volatilidade, mas insuficiente para tirar o bitcoin da linha ascendente. A principal cripto em valor de mercado registrou alta de 9% no mês, mantendo o ritmo de alta desde setembro, ainda que bem menor que a registrada em outubro, de 28%, marcando máxima de US$ 38 mil, maior valor desde o início de maio do ano passado. Por volta de 18h, era negociada a US$ 37.730. Para André Franco, analista-chefe do Mercado Bitcoin, o desempenho do bitcoin “mostra um pouco do apetite do mercado em consequência da expectativa de que o ETF seja aprovado já no começo do ano que vem ou no máximo no primeiro trimestre”. Nesse contexto, ele acredita que “é muito provável que dezembro seja outro mês positivo, podendo ultrapassar o patamar dos US$ 40 mil”. Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, cita que o indicador da Bloomberg aponta 95% de chances de o ETF de bitcoin ser aprovado até o dia 10 de janeiro, “podendo ser aprovado a qualquer momento”, o que deve favorecer novos ralis de preço. Na esteira desse cenário para o bitcoin, algumas altcoins (todas as criptos que não o bitcoin) também se favoreceram. “O que foi interessante nesse mês também é que o bitcoin começa a perder dominância frente ao ethereum e às outras criptos, que ganharam mais força”, observa Medeiros. João Marco Cunha, diretor de gestão da Hashdex, destaca entre essas altcoins Uniswap (UNI) e Chainlink (LINK), que subiram quase 50% e 30%, respectivamente. “Ativos menores, que ficaram para trás em relação ao bitcoin ao longo do ano, tiveram maior destaque neste mês”, destaca. O ethereum, segunda cripto mais negociada e em valor de mercado, subiu 13%, também em uma sequência de três altas mensais consecutivas, se mantendo acima dos US$ 2 mil. Já a Binance Coin (BNB) procurou ser resiliente com o revés de sua emissora, encerrando novembro praticamente no zero a zero, a pouco mais de US$ 220. Initial plugin text Mais Lidas Getty Images