Último leilão de transmissão do ano com investimentos de R$ 21,8 bi: quais empresas da Bolsa podem participar?

A receita anual estimada para os três projetos é de R$ 3,9 bilhões ao ano, com início de operações previsto para 2029 The post Último leilão de transmissão do ano com investimentos de R$ 21,8 bi: quais empresas da Bolsa podem participar? appeared first on InfoMoney.

Último leilão de transmissão do ano com investimentos de R$ 21,8 bi: quais empresas da Bolsa podem participar?
Energia elétrica e Mercado de Ações - investimentos

Conforme esperado, o mega leilão de transmissão de energia do Brasil, que acontecerá nesta sexta-feira (15), às 10h (horário de Brasília), será marcado por mais ausências que presenças de grandes nomes. Serão leiloados três projetos de transmissão, totalizando certa de 3.000 quilômetros.

O investimento é estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em R$ 21,8 bilhões enquanto o Bank of America (BofA) considera que as receitas anuais regulamentadas podem chegar a R$ 3,9 bilhões.

A chinesa State Grid e a Eletrobras (ELET3) têm sido apontadas como as favoritas para a disputar o principal lote oferecido, um bipolo que sozinho demandará R$ 18 bilhões em investimentos. Dentre os grandes nomes do setor, companhias como ISA Cteep (TRPL4), Taesa (TAEE11), Cemig (CMIG4), Engie (EGIE3) e Neoenergia (NEOE3) não participarão.

Procurada pelo InfoMoney, a Alupar (ALUP11) confirmou que estuda a participação, como costuma marcar presença em todos os lotes dos leilões de transmissão, mas que a decisão final ainda será tomada.

Eletrobras e State Grid são favoritas

O leilão será composto por três lotes, com divisão em quatro sublotes para o primeiro deles.  Esse lote será responsável por 83% do gasto de capital (capex) e a expectativa do Itaú BBA é que a Eletrobras e a State Grid se apresentem como favoritas.

O BofA considera que o perfil risco-recompensa se apresenta como atrativo e que o leilão deve apresentar competição “potencialmente mais suave” em comparação com outros leilões recentes. A competição se tornaria menos acirrada considerando a especificidade do leilão, que exige tecnologia diferenciada, e a escala do projeto.

“Vemos uma boa oportunidade de alocação de capital para empresas com poder de fogo no balanço e know-how tecnológico (por exemplo, Eletrobras)”, considera.

Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

Para o Itaú BBA, a participação da Eletrobras e da Alupar pode ser considerada um impulso positivo para as companhias.

“Ambas as empresas têm o poder necessário para oferecer lances por um lote dessa magnitude, e já possuem considerável experiência no desenvolvimento e operação de linhas de transmissão HVDC (transmissão de corrente contínua de alta tensão), pois detêm os direitos de concessão de todas as linhas HVDC no Brasil”, destaca o BBA.

O BBI mantém a mesma opinião e espera que “apenas empresas maiores/bem estabelecidas, com balanços mais enxutos e conhecimento em UHVDC participem do leilão”, citando também a State Grid e a Eletrobras, “que já apresentaram lances juntas e venceram projetos semelhantes no passado”.

O BTG Pactual coloca em dúvida a participação da Eletrobras e considera que a State Grid poderá se sair melhor que a companhia brasileira. O banco considera, inclusive, que as companhias que não participarão do leilão no momento, como ISA Cteep, Taesa (TAEE11), Cemig (CMIG4), Neoenergia (NEOE3), Engie (EGIE3) e Copel (CPLE6)terão foco principal no leilão de transmissão do próximo ano, em março.

“Não temos certeza se a Eletrobras realmente participará. Além disso, acreditamos que a State Grid possa ter vantagens competitivas, uma vez que os fornecedores chineses desta tecnologia específica parecem estar melhor posicionados do que os europeus”, entende.

A Genial considera que o leilão garante a participação de poucos operadores, por se tratar de operações com tecnologia de corrente contínua de alta tensão. A corretora considera que a Eletrobras se apresenta como principal nome por sua grande capacidade financeira, capilaridade de operações no Brasil e o fato de já operar a tecnologia determinada.

“Achamos esse leilão uma grande oportunidade para Eletrobras tendo em vista o grande investimento requerido pelo projeto (algo que a empresa precisa, tendo em vista a sua geração de caixa e baixo endividamento) e a possível baixa competição, que deve gerar um projeto com potencial interessante de geração e valor”, aponta a Genial, que tem recomendação de compra para o ativo, com preço-alvo de R$ 47,5o a ação.

(com Reuters)

The post Último leilão de transmissão do ano com investimentos de R$ 21,8 bi: quais empresas da Bolsa podem participar? appeared first on InfoMoney.