Presidente do Senado admite que reforma tributária pode ficar para o próximo ano

Segundo Pacheco, isso pode ocorrer caso não haja entendimento com a Câmara sobre o mérito do texto; se forem feitas mudanças muito profundas, senadores terão de reavaliar a matéria O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), admitiu nesta quinta-feira (14) que a reforma tributária pode ficar para o próximo ano caso não haja entendimento com a Câmara sobre o mérito do texto nos próximos dias. Segundo Pacheco, se forem feitas mudanças muito profundas, os senadores terão de reavaliar a matéria. Nesse cenário, na visão dele, o calendário deste ano poderia ficar apertado. "Isso poderia dificultar a votação na próxima semana." "Se a Câmara mantiver o que o Senado fez, é promulgada a emenda constitucional e vamos realizar uma conquista de mais de 40 anos de espera. Eventualmente, se houver supressões, também pode haver a promulgação. Se forem feitas mudanças muito profundas, é natural que seja votado também no Senado e aí pode ser que fique difícil na última semana a gente conciliar", declarou. Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco PSD-MG Marcos Oliveira/Agência Senado Pacheco disse que é "natural que haja divergências" entre as Casas, mas afirmou que o Senado "respeitou muito" a estrutura do texto que veio da Câmara. Para ele, é preciso ceder de parte a parte. Também ponderou que modificações pretendidas pelos deputados podem ser feitas na fase das leis complementares, na fase de transição. "Há uma maturidade de entender que é preciso promulgar a reforma tributária e buscar ao longo do período de transição eventuais mudanças que possam ser feitas é um caminho inteligente. Melhor do que nós nos reservarmos a divergências que impossibilitem a promulgação", declarou. "O que estou propondo é que possamos ceder de parte a parte, que haja, no que diz respeito a essas isenções, a institutos que foram inseridos pelo Senado, que isso possa ser considerado. Não necessariamente todos, eventualmente podemos conversar sobre supressões. Mas o Senado reforçou muito a estrutura da reforma tributária feita pela Câmara", acrescentou. Está prevista uma reunião nesta quinta com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os relatores da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) em busca de "um grande entendimento" pela reforma. Pacheco disse que está empenhado na aprovação da matéria ainda em 2024. "O diálogo precisa ser breve, para agora. Ele afirmou que a medida provisória das subvenções, outro item prioritário para o governo, está bem encaminhada e deve ser apreciada até a próxima semana. Deputados querem excluir dispositivos incluídos pelos senadores como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da Zona Franca de Manaus. Outro ponto de impasse é a manutenção da alíquota diferenciada para advogados, arquitetos e engenheiros de fora do Simples. Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico. Mais Lidas

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Segundo Pacheco, isso pode ocorrer caso não haja entendimento com a Câmara sobre o mérito do texto; se forem feitas mudanças muito profundas, senadores terão de reavaliar a matéria O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), admitiu nesta quinta-feira (14) que a reforma tributária pode ficar para o próximo ano caso não haja entendimento com a Câmara sobre o mérito do texto nos próximos dias. Segundo Pacheco, se forem feitas mudanças muito profundas, os senadores terão de reavaliar a matéria. Nesse cenário, na visão dele, o calendário deste ano poderia ficar apertado. "Isso poderia dificultar a votação na próxima semana." "Se a Câmara mantiver o que o Senado fez, é promulgada a emenda constitucional e vamos realizar uma conquista de mais de 40 anos de espera. Eventualmente, se houver supressões, também pode haver a promulgação. Se forem feitas mudanças muito profundas, é natural que seja votado também no Senado e aí pode ser que fique difícil na última semana a gente conciliar", declarou. Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco PSD-MG Marcos Oliveira/Agência Senado Pacheco disse que é "natural que haja divergências" entre as Casas, mas afirmou que o Senado "respeitou muito" a estrutura do texto que veio da Câmara. Para ele, é preciso ceder de parte a parte. Também ponderou que modificações pretendidas pelos deputados podem ser feitas na fase das leis complementares, na fase de transição. "Há uma maturidade de entender que é preciso promulgar a reforma tributária e buscar ao longo do período de transição eventuais mudanças que possam ser feitas é um caminho inteligente. Melhor do que nós nos reservarmos a divergências que impossibilitem a promulgação", declarou. "O que estou propondo é que possamos ceder de parte a parte, que haja, no que diz respeito a essas isenções, a institutos que foram inseridos pelo Senado, que isso possa ser considerado. Não necessariamente todos, eventualmente podemos conversar sobre supressões. Mas o Senado reforçou muito a estrutura da reforma tributária feita pela Câmara", acrescentou. Está prevista uma reunião nesta quinta com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os relatores da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) em busca de "um grande entendimento" pela reforma. Pacheco disse que está empenhado na aprovação da matéria ainda em 2024. "O diálogo precisa ser breve, para agora. Ele afirmou que a medida provisória das subvenções, outro item prioritário para o governo, está bem encaminhada e deve ser apreciada até a próxima semana. Deputados querem excluir dispositivos incluídos pelos senadores como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da Zona Franca de Manaus. Outro ponto de impasse é a manutenção da alíquota diferenciada para advogados, arquitetos e engenheiros de fora do Simples. Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico. Mais Lidas