Petróleo cai 4% e fecha no menor nível desde o fim de junho

Preocupação com a demanda global tomou o foco do mercado de petróleo após os cortes adicionais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) O petróleo recuou em ritmo forte hoje, pressionado por preocupações dos investidores sobre a demanda pela commodity em meio à desaceleração da economia global e pela decisão da Arábia Saudita de reduzir os preços oficiais de venda da estatal Saudi Aramco. O petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para janeiro fechou em queda de 4,07%, a US$ 69,38 por barril. Já o barril do Brent - referência global - para fevereiro cedeu 3,76% a US$ 74,30. Os valores representam os fechamentos mais baixos desde 27 e 28 de junho, respectivamente. A preocupação com a demanda global tomou o foco do mercado de petróleo após os cortes adicionais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), anunciados na semana passada, falharem em dar suporte aos contratos futuros. Diante dos impactos do aperto monetário em economias desenvolvidas como os Estados Unidos e a zona do euro, é esperado que a demanda pela commodity seja mais fraca no ano que vem, o que pode levar a um superávit de oferta de petróleo. A queda dos preços e da demanda fez com que a Saudi Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita, reduzisse seus preços de venda oficiais para a maioria dos compradores, de acordo com os analistas Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING. Segundo ele, para as entregas previstas em janeiro, a redução foi de US$ 2 por barril. Já o petróleo vendido à Europa passou a ser vendido com um prêmio de US$ 7,2 por barril em novembro para US$ 2,9 por barril em dezembro. Para os compradores asiáticos, o prêmio de janeiro foi reduzido em cerca de US$ 0,5 por barril, a US$ 3,5, e o do petróleo vendido aos EUA cairá US$ 0,3 no mês que vem. Por fim, outro fator que pesou sobre a commodity hoje foi o aumento de 5,42 milhões de barris dos estoques de gasolina nos EUA, muito acima do previsto, resultado que ofuscou a queda maior que o esperado dos estoques de petróleo no país. O aumento da gasolina estocada sugere uma menor demanda dos consumidores e empresas americanas. Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico Newsletter Valor investe Mais Lidas Getty Images

Petróleo cai 4% e fecha no menor nível desde o fim de junho

Preocupação com a demanda global tomou o foco do mercado de petróleo após os cortes adicionais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) O petróleo recuou em ritmo forte hoje, pressionado por preocupações dos investidores sobre a demanda pela commodity em meio à desaceleração da economia global e pela decisão da Arábia Saudita de reduzir os preços oficiais de venda da estatal Saudi Aramco. O petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para janeiro fechou em queda de 4,07%, a US$ 69,38 por barril. Já o barril do Brent - referência global - para fevereiro cedeu 3,76% a US$ 74,30. Os valores representam os fechamentos mais baixos desde 27 e 28 de junho, respectivamente. A preocupação com a demanda global tomou o foco do mercado de petróleo após os cortes adicionais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), anunciados na semana passada, falharem em dar suporte aos contratos futuros. Diante dos impactos do aperto monetário em economias desenvolvidas como os Estados Unidos e a zona do euro, é esperado que a demanda pela commodity seja mais fraca no ano que vem, o que pode levar a um superávit de oferta de petróleo. A queda dos preços e da demanda fez com que a Saudi Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita, reduzisse seus preços de venda oficiais para a maioria dos compradores, de acordo com os analistas Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING. Segundo ele, para as entregas previstas em janeiro, a redução foi de US$ 2 por barril. Já o petróleo vendido à Europa passou a ser vendido com um prêmio de US$ 7,2 por barril em novembro para US$ 2,9 por barril em dezembro. Para os compradores asiáticos, o prêmio de janeiro foi reduzido em cerca de US$ 0,5 por barril, a US$ 3,5, e o do petróleo vendido aos EUA cairá US$ 0,3 no mês que vem. Por fim, outro fator que pesou sobre a commodity hoje foi o aumento de 5,42 milhões de barris dos estoques de gasolina nos EUA, muito acima do previsto, resultado que ofuscou a queda maior que o esperado dos estoques de petróleo no país. O aumento da gasolina estocada sugere uma menor demanda dos consumidores e empresas americanas. Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico Newsletter Valor investe Mais Lidas Getty Images