Pacheco, Lira e relatores da tributária negociarão texto nesta 5ª

Presidente do Senado defende entendimento com ajustes “de parte a parte”, mas admite que a proposta pode ficar para 2024

Pacheco, Lira e relatores da tributária negociarão texto nesta 5ª

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta 5ª feira (14.dez.2023) que terá reunião com os relatores da reforma tributária e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para negociar pontos da proposta.

O texto foi aprovado no Senado em 8 de novembro e retornou para a análise dos deputados. Os presidentes das Casas legislativas já tiveram encontro na 4ª feira (13.dez) para falar da proposta.

Formulário de cadastro
E-mail
WhatsApp
Telegram

Há divergências em relação ao texto. Os relatores senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) debatem acordo para suprimir trechos. “O que estou propondo é que nós possamos ceder de parte a parte. Em relação a isenções e institutos inseridos pelo Senado, que isso possa ser considerado”, disse Pacheco em entrevista a jornalistas.

Dentre os pontos que estão em debate, estão: os incentivos à indústria automobilística do Nordeste; a criação de uma Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para beneficiar a Zona Franca de Manaus; e a redução em 60% da alíquota para a cesta básica estendida.

A proposta deve ser votada na Câmara na próxima semana. Apesar de apostar no acordo, Pacheco afirmou que “se forem feitas mudanças muito profundas no texto pela Câmara” a reforma precisaria voltar ao Senado e, pelo calendário apertado, poderia ficar para o próximo ano.

Meu esforço é para [promulgar] esse ano. Seria muito bom chegar ao final desse ano promulgando uma emenda constitucional da reforma tributária”, declarou.

Relator na Câmara, Aguinaldo Ribeiro defende a promulgação da proposta de forma “completa”, sem fatiamento – quando inicialmente apenas a parte que há acordo entre Câmara e Senado é promulgada. Lira já mencionou a possibilidade de promulgar a PEC parcialmente. Nesta 5ª feira, Pacheco declarou também fez aceno a essa possibilidade.

Nada é imutável, há leis complementares que ainda vão regulamentar. Há modificações que podem ser feitas”, disse. A reforma é negociada no Congresso há mais de 40 anos. O governo e os presidentes da Câmara e do Senado defenderam publicamente a promulgação do texto ainda neste ano.