Homem que deu soco que fez empresário desmaiar em Copacabana é identificado

Policiais da da 13ª DP (Ipanema) fizeram o reconhecimento, nesta quarta-feira, do autor. O suspeito é maior de idade Policiais da 13ª DP (Ipanema) identificaram, nesta quarta-feira, o autor do soco que fez o empresário Marcelo Benchimol, de 67 anos, desmaiar na calçada, no último sábado, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O suspeito, de 22 anos, foi reconhecido pelo empresário. Ele é reincidente, morador do jacaré, na Zona Norte do Rio, e chegou a ser preso este ano na Zona Sul. Segundo o empresário, ele saiu de casa para a academia. Enquanto caminhava pela calçada, avistou uma mulher sendo abordada por um grupo de criminosos, e decidiu ajudá-la. — Vi a uns 10 metros uma moça sendo atacada. Eu pensei: “ou eu fujo ou eu ajudo ela”. Optei por ajudar. E aí começou a pancadaria, até me desvencilhei, mas depois, por último, veio um rapaz e me deu um soco por trás. Eu estava de óculos, e os óculos enterraram no meu olho, e desmaiei. Só fui acordar na UPA, graças a dois bons policiais que me ajudaram — relatou Marcelo, que lembra de ter “sustentado” o soco no peito, mas que “foi muito difícil” resistir à dor dos óculos se quebrando contra seus olhos. — Se era adolescente, estava muito graudo, muito forte. Eu acho que tinha a minha complexão física. Ou até um pouco menor, mas eu não teria reconhecido. No bolso, Benchimol trazia apenas um “celular velho”, que o ajudava a se guiar nos exercícios, conforme explica a arquiteta Selma Benchimol, de 65 anos, sua esposa, que precisa conter as lágrimas quando se recorda do que aconteceu no último sábado. O interfone tocou por volta das 20h: eram policiais militares, que traziam Marcelo de volta da UPA, ainda confuso, com tonturas, e sem enxergar direito, devido ao soco que levou. ‘Ele perguntou se eu queria morrer' Natália Silva, mulher que estava sendo vítima dos assaltantes, prestou depoimento, nessa terça-feira, na 13ª DP (Ipanema). Em entrevista ao GLOBO, Natália agradeceu a Marcelo por ter interferido na abordagem dos criminosos e revelou que a atitude foi essencial para que o seu quadro de leucemia linfocítica crônica (LLC) — câncer de crescimento considerado lento que afeta as células sanguíneas da medula óssea, na maior parte das vezes glóbulos brancos — não se agravasse. — Eu havia acabado de sair de uma loja, estava com o meu cachorrinho em uma bolsa dessas de mercado e vi um rapaz suspeito passar por mim. A partir dali, eu vi o bando vindo mais distante. Nisso, eu já quis sair, mas me senti encurralada. Eu comecei a reagir, a gritar, porém outro chegou na minha frente e perguntou “se eu queria morrer” — diz Natália. — Eu ainda vou falar para o Marcelo, mas ele não salvou uma pessoa qualquer, então sou imensamente grata a ele. Recentemente eu tive um diagnóstico de um linfoma, isso me causa diversas complicações. Provavelmente, se eu fosse agredida, isso seria muito ruim para mim. Eu poderia sofrer com hemorragias. É tudo muito novo, um momento sensível da minha vida, só que eu sei dos riscos que eu corro. A Polícia Civil informou que está procurando por imagens que mostrem a rota de fuga do grupo, com cerca de 20 pessoas. A 13ª DP (Ipanema), responsável pela investigação, já sabe que os suspeitos saíram do Arpoador, entraram na rua Francisco Otaviano e depois na Av. Nossa Senhora de Copacabana.

Homem que deu soco que fez empresário desmaiar em Copacabana é identificado

Policiais da da 13ª DP (Ipanema) fizeram o reconhecimento, nesta quarta-feira, do autor. O suspeito é maior de idade Policiais da 13ª DP (Ipanema) identificaram, nesta quarta-feira, o autor do soco que fez o empresário Marcelo Benchimol, de 67 anos, desmaiar na calçada, no último sábado, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O suspeito, de 22 anos, foi reconhecido pelo empresário. Ele é reincidente, morador do jacaré, na Zona Norte do Rio, e chegou a ser preso este ano na Zona Sul. Segundo o empresário, ele saiu de casa para a academia. Enquanto caminhava pela calçada, avistou uma mulher sendo abordada por um grupo de criminosos, e decidiu ajudá-la. — Vi a uns 10 metros uma moça sendo atacada. Eu pensei: “ou eu fujo ou eu ajudo ela”. Optei por ajudar. E aí começou a pancadaria, até me desvencilhei, mas depois, por último, veio um rapaz e me deu um soco por trás. Eu estava de óculos, e os óculos enterraram no meu olho, e desmaiei. Só fui acordar na UPA, graças a dois bons policiais que me ajudaram — relatou Marcelo, que lembra de ter “sustentado” o soco no peito, mas que “foi muito difícil” resistir à dor dos óculos se quebrando contra seus olhos. — Se era adolescente, estava muito graudo, muito forte. Eu acho que tinha a minha complexão física. Ou até um pouco menor, mas eu não teria reconhecido. No bolso, Benchimol trazia apenas um “celular velho”, que o ajudava a se guiar nos exercícios, conforme explica a arquiteta Selma Benchimol, de 65 anos, sua esposa, que precisa conter as lágrimas quando se recorda do que aconteceu no último sábado. O interfone tocou por volta das 20h: eram policiais militares, que traziam Marcelo de volta da UPA, ainda confuso, com tonturas, e sem enxergar direito, devido ao soco que levou. ‘Ele perguntou se eu queria morrer' Natália Silva, mulher que estava sendo vítima dos assaltantes, prestou depoimento, nessa terça-feira, na 13ª DP (Ipanema). Em entrevista ao GLOBO, Natália agradeceu a Marcelo por ter interferido na abordagem dos criminosos e revelou que a atitude foi essencial para que o seu quadro de leucemia linfocítica crônica (LLC) — câncer de crescimento considerado lento que afeta as células sanguíneas da medula óssea, na maior parte das vezes glóbulos brancos — não se agravasse. — Eu havia acabado de sair de uma loja, estava com o meu cachorrinho em uma bolsa dessas de mercado e vi um rapaz suspeito passar por mim. A partir dali, eu vi o bando vindo mais distante. Nisso, eu já quis sair, mas me senti encurralada. Eu comecei a reagir, a gritar, porém outro chegou na minha frente e perguntou “se eu queria morrer” — diz Natália. — Eu ainda vou falar para o Marcelo, mas ele não salvou uma pessoa qualquer, então sou imensamente grata a ele. Recentemente eu tive um diagnóstico de um linfoma, isso me causa diversas complicações. Provavelmente, se eu fosse agredida, isso seria muito ruim para mim. Eu poderia sofrer com hemorragias. É tudo muito novo, um momento sensível da minha vida, só que eu sei dos riscos que eu corro. A Polícia Civil informou que está procurando por imagens que mostrem a rota de fuga do grupo, com cerca de 20 pessoas. A 13ª DP (Ipanema), responsável pela investigação, já sabe que os suspeitos saíram do Arpoador, entraram na rua Francisco Otaviano e depois na Av. Nossa Senhora de Copacabana.