Em Maceió, área ao redor de mina da Braskem afunda 2,6 cm por hora

Informação é da Defesa Civil da cidade; a capital alagoana decretou estado de emergência por risco iminente de colapso

Em Maceió, área ao redor de mina da Braskem afunda 2,6 cm por hora

A Defesa Civil de Maceió informou nesta 6ª feira (1º.dez.2023) que, a cada hora, o terreno ao redor da mina de extração da Braskem afunda 2,6 centímetros. Em comunicado, a prefeitura recomenda que a população não transite na área desocupada por conta do risco iminente de colapso da mina no bairro do Mutange.

O órgão também informou que a mina já acumula um deslocamento vertical de 1,42m de profundidade. A equipe de análise disse que as informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

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ENTENDA O CASO

Na 4ª feira (29.nov), a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência na cidade por 180 dias. A causa é o risco iminente de colapso de uma mina da Braskem, localizada na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. No dia seguinte, o mapa de risco foi ampliado e, com isso, moradores da região do Bom Parto foram incluídos no programa de realocação.

Segundo o governo do Estado, as minas são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração, mas que estavam sendo fechadas desde que o SGB (Serviço Geológico do Brasil) confirmou que a atividade realizada pela Braskem provocou o fenômeno geológico na região.

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), criou um gabinete de crise para acompanhar a situação e os possíveis desabamentos. Caso o cenário se confirme, grandes crateras podem se formar nas áreas afetadas.

Dantas criticou a relação da Braskem com a Prefeitura de Maceió. Afirmou que um acordo fechado entre ambos está prejudicando as pessoas das regiões afetadas.

O governo informou que o monitoramento na região foi reforçado depois de 5 abalos sísmicos registrados só em novembro. Segundo o coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo, uma ruptura pode causar efeito cascata em outras minas.

“Não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir. E temos outros problemas. Se houver uma ruptura nessa região podemos ter vários serviços afetados, a exemplo do abastecimento de água de parte da cidade e também do fornecimento de energia e de gás. Com certeza, toda a capital irá sentir os tremores se acontecer essa ruptura dessas cavernas em cadeia”, disse.


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