Bolsas de NY não firmam direção única de olho em índices econômicos

Por volta de 12h20, o índice Dow Jones exibia alta de 0,77%. Por outro lado, o S&P 500 desvalorizava 0,07% e o Nasdaq recuava 0,51% As bolsas de Nova York iniciaram o pregão em alta, mas logo perderam fôlego e agora não exibem direção única em meio a comentários do presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, e as últimas leituras do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) e do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago. Por volta de 12h20 (de Brasília), o índice Dow Jones exibia alta de 0,77%, a 35.708,120 pontos, puxada pelo salto de 7,19% da Salesforce. A desenvolvedora de softwares para gestão de relacionamento com o cliente (CRM, na sigla em inglês) registrou um aumento anual de quase 50% no lucro líquido por ação no terceiro trimestre, resultado que foi acompanhado por previsões mais otimistas da empresa. Por outro lado, o S&P 500 cai 0,07%, a 4.547,56 pontos, e o Nasdaq recuava 0,51%, a 14.184,06 pontos. A desaceleração do núcleo do índice de inflação do PCE de outubro - para 0,2% na taxa mensal e 3,5% na anual - não foi suficiente para sustentar o apetite por risco em Wall Street, que realiza os fortes ganhos acumulados em novembro no último pregão deste mês. A perda de ímpeto também veio com a divulgação de um discurso do presidente do Fed de Nova York, que afirmou que os juros estão perto ou no pico nos EUA. No entanto, ele reiterou sua visão de que a política monetária deve seguir restritiva para reduzir a inflação á meta de 2% de forma sustentável. Ainda entre indicadores, o PMI do ISM de Chicago surpreendeu ao subir a 55,8 pontos em novembro - ante leve alta esperada a 46,0 pontos. Assim, o dado voltou para o território de expansão e sinalizou força da atividade econômica americana, algo que pode ser visto com cautela pelo mercado por conta da possibilidade de que isso leve o Fed a manter uma postura mais conservadora na política monetária. Além disso, o PMI desafia dados recentes que têm mostrado uma desaceleração gradual da economia americana. Para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, tanto os dados do PCE quanto o Livro Bege do Fed, divulgado ontem, aumentam a possibilidade de manutenção dos juros na próxima reunião do banco central americano e colocam no radar a possibilidade de corte já no primeiro semestre do ano que vem. “Nesta semana, pela primeira vez, a tese de juros altos por um longo período (‘higher for longer’) começa a se enfraquecer. Os mercados passarão a levar essa nova possibilidade em consideração. Para coroar a semana, o discurso do presidente do Fed (Jerome Powell) amanhã será ansiosamente aguardado”, diz Igliori.Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico Mais Lidas Bolsas Nova York Dow Jones S&P Nasdaq Getty Images

Bolsas de NY não firmam direção única de olho em índices econômicos

Por volta de 12h20, o índice Dow Jones exibia alta de 0,77%. Por outro lado, o S&P 500 desvalorizava 0,07% e o Nasdaq recuava 0,51% As bolsas de Nova York iniciaram o pregão em alta, mas logo perderam fôlego e agora não exibem direção única em meio a comentários do presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, e as últimas leituras do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) e do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago. Por volta de 12h20 (de Brasília), o índice Dow Jones exibia alta de 0,77%, a 35.708,120 pontos, puxada pelo salto de 7,19% da Salesforce. A desenvolvedora de softwares para gestão de relacionamento com o cliente (CRM, na sigla em inglês) registrou um aumento anual de quase 50% no lucro líquido por ação no terceiro trimestre, resultado que foi acompanhado por previsões mais otimistas da empresa. Por outro lado, o S&P 500 cai 0,07%, a 4.547,56 pontos, e o Nasdaq recuava 0,51%, a 14.184,06 pontos. A desaceleração do núcleo do índice de inflação do PCE de outubro - para 0,2% na taxa mensal e 3,5% na anual - não foi suficiente para sustentar o apetite por risco em Wall Street, que realiza os fortes ganhos acumulados em novembro no último pregão deste mês. A perda de ímpeto também veio com a divulgação de um discurso do presidente do Fed de Nova York, que afirmou que os juros estão perto ou no pico nos EUA. No entanto, ele reiterou sua visão de que a política monetária deve seguir restritiva para reduzir a inflação á meta de 2% de forma sustentável. Ainda entre indicadores, o PMI do ISM de Chicago surpreendeu ao subir a 55,8 pontos em novembro - ante leve alta esperada a 46,0 pontos. Assim, o dado voltou para o território de expansão e sinalizou força da atividade econômica americana, algo que pode ser visto com cautela pelo mercado por conta da possibilidade de que isso leve o Fed a manter uma postura mais conservadora na política monetária. Além disso, o PMI desafia dados recentes que têm mostrado uma desaceleração gradual da economia americana. Para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, tanto os dados do PCE quanto o Livro Bege do Fed, divulgado ontem, aumentam a possibilidade de manutenção dos juros na próxima reunião do banco central americano e colocam no radar a possibilidade de corte já no primeiro semestre do ano que vem. “Nesta semana, pela primeira vez, a tese de juros altos por um longo período (‘higher for longer’) começa a se enfraquecer. Os mercados passarão a levar essa nova possibilidade em consideração. Para coroar a semana, o discurso do presidente do Fed (Jerome Powell) amanhã será ansiosamente aguardado”, diz Igliori.Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico Mais Lidas Bolsas Nova York Dow Jones S&P Nasdaq Getty Images