Bolsas da Europa fecham em alta com desaceleração da inflação na zona do euro

Índice da bolsa londrina é exceção, em queda sob pressão de ações de instituições financeiras As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira (28) – com exceção de Londres – impulsionados por dados positivos de desaceleração de inflação em países da zona do euro. Também contribui para o sentimento positivo entre os investidores o fato do Produto Interno Bruto (PIB) preliminar do terceiro trimestre dos Estados Unidos ter acelerado ao mesmo tempo que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) para o mesmo período ter desacelerado. No fechamento, o índice Stoxx 600 subia 0,44% a 459,06 pontos. Já o índice Dax da bolsa de Frankfurt subiu 1,09% a 16.166,05 pontos e o índice CAC 40 de Paris subia 0,24% a 7.267,64 pontos. O índice FTSE 100 da bolsa de Londres fechou em queda de 0,43% a 7.423,46 pontos pressionado pela queda de 2% das ações do HSBC, de 3,52% do Prudential, e de 3,29% do Standard Chartered. Por sua vez Anglo American recuou 2,97%. Na zona do euro, o mercado foi beneficiado pelo recuo da inflação na Alemanha e na Espanha, divulgados mais cedo. O índice de preços ao consumidor (CPI) preliminar de novembro da Alemanha caiu 0,4% no mês e 3,2% no ano, uma queda maior que a expectativa do mercado. Já o CPI espanhol de de novembro ficou em 3,2%, desacelerando em relação aos 3,5% de outubro. “As tendências de queda da inflação na zona euro indicam que é improvável que o Banco Central Europeu aumente novamente as taxas de juro, sendo esperados cortes a partir de meados do próximo ano, segundo Robert Greil, estrategista-chefe da Merck Finck. “O tempo dos hawkish ainda não acabou, mas os dovish recebem cada vez mais o vento sob as asas”, afirma numa nota. Segundo ele, a inflação alemã caiu quase dois terços desde o seu pico, e a inflação espanhola também caiu mais acentuadamente do que o esperado. “No entanto, as expectativas dos consumidores relativos à inflação continuam elevadas e o crescimento dos salários está próximo do pico desde a introdução do euro”, alerta. O sentimento do mercado é de que com a queda da inflação, os bancos centrais da zona do euro logo começarão a cortar os juros. “Pesquisa com empresas e consumidores da zona do euro em novembro mostram que embora ainda persistam algumas preocupações sobre as expectativas de inflação nos serviços, a denabda fraca deverá mantê-la no caminho da meta de 2%”, afirma o economista-sênior do ING para a zona euro, Bert Colijn. Segundo ele, as expectativas de inflação ao consumidor caíram novamente na pesquisa, enquanto as expectativas de preços de venda também caíram, enquanto serviços em geral registraram um aumento, o que preocupa os hawkish do Banco Central Europeu. Além dos dados positivos da inflação europeia, o PIB dos EUA também agradou. A segunda leitura do PIB do terceiro trimestre ficou em 5,2%, superando tanto a alta de 4,9% da primeira estimativa quanto o resultado de 5% projetado por analistas. Mesmo assim, o PCE do mesmo período ficou em 2,8% na taxa anualizada, 0,1 ponto percentual abaixo da estimativa inicial, o que foi visto com bons olhos pelo mercado. Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico. Mais Lidas Getty Images

Bolsas da Europa fecham em alta com desaceleração da inflação na zona do euro

Índice da bolsa londrina é exceção, em queda sob pressão de ações de instituições financeiras As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira (28) – com exceção de Londres – impulsionados por dados positivos de desaceleração de inflação em países da zona do euro. Também contribui para o sentimento positivo entre os investidores o fato do Produto Interno Bruto (PIB) preliminar do terceiro trimestre dos Estados Unidos ter acelerado ao mesmo tempo que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) para o mesmo período ter desacelerado. No fechamento, o índice Stoxx 600 subia 0,44% a 459,06 pontos. Já o índice Dax da bolsa de Frankfurt subiu 1,09% a 16.166,05 pontos e o índice CAC 40 de Paris subia 0,24% a 7.267,64 pontos. O índice FTSE 100 da bolsa de Londres fechou em queda de 0,43% a 7.423,46 pontos pressionado pela queda de 2% das ações do HSBC, de 3,52% do Prudential, e de 3,29% do Standard Chartered. Por sua vez Anglo American recuou 2,97%. Na zona do euro, o mercado foi beneficiado pelo recuo da inflação na Alemanha e na Espanha, divulgados mais cedo. O índice de preços ao consumidor (CPI) preliminar de novembro da Alemanha caiu 0,4% no mês e 3,2% no ano, uma queda maior que a expectativa do mercado. Já o CPI espanhol de de novembro ficou em 3,2%, desacelerando em relação aos 3,5% de outubro. “As tendências de queda da inflação na zona euro indicam que é improvável que o Banco Central Europeu aumente novamente as taxas de juro, sendo esperados cortes a partir de meados do próximo ano, segundo Robert Greil, estrategista-chefe da Merck Finck. “O tempo dos hawkish ainda não acabou, mas os dovish recebem cada vez mais o vento sob as asas”, afirma numa nota. Segundo ele, a inflação alemã caiu quase dois terços desde o seu pico, e a inflação espanhola também caiu mais acentuadamente do que o esperado. “No entanto, as expectativas dos consumidores relativos à inflação continuam elevadas e o crescimento dos salários está próximo do pico desde a introdução do euro”, alerta. O sentimento do mercado é de que com a queda da inflação, os bancos centrais da zona do euro logo começarão a cortar os juros. “Pesquisa com empresas e consumidores da zona do euro em novembro mostram que embora ainda persistam algumas preocupações sobre as expectativas de inflação nos serviços, a denabda fraca deverá mantê-la no caminho da meta de 2%”, afirma o economista-sênior do ING para a zona euro, Bert Colijn. Segundo ele, as expectativas de inflação ao consumidor caíram novamente na pesquisa, enquanto as expectativas de preços de venda também caíram, enquanto serviços em geral registraram um aumento, o que preocupa os hawkish do Banco Central Europeu. Além dos dados positivos da inflação europeia, o PIB dos EUA também agradou. A segunda leitura do PIB do terceiro trimestre ficou em 5,2%, superando tanto a alta de 4,9% da primeira estimativa quanto o resultado de 5% projetado por analistas. Mesmo assim, o PCE do mesmo período ficou em 2,8% na taxa anualizada, 0,1 ponto percentual abaixo da estimativa inicial, o que foi visto com bons olhos pelo mercado. Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico. Mais Lidas Getty Images